O dia 8 de março é celebrado no mundo todo como Dia Internacional da Mulher, já que até hoje, apesar de avanços, ainda há hierarquias e relações de poder baseadas em estruturas patriarcais que resultam em violações de direitos. A violência contra mulher, principalmente doméstica, é uma realidade brutal. Até outubro de 2015, o Brasil registrou 63.090 relatos de violência, o que corresponde a uma denúncia a cada 7 minutos, segundo dados da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República. Além disso, as mulheres ganham salários menores que os homens e sofrem com duplas jornadas. Além disso, as mulheres ganham salários menores que os homens e sofrem com duplas jornadas. Na média as mulheres ganham 22,1% a menos que os homens, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Já os direitos sexuais e reprodutivos estão sob ataque de forças políticas, religiosas e fundamentalistas no Brasil e em diversos outros países. No Congresso Nacional estão em curso projetos de leis que dificultaram ainda mais a garantia desses direitos como o PL 5069/2013, de autoria do presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB/RJ), que cria dificuldades para que mulheres vítimas de violência sexual sejam atendidas.
A Fundação Heinrich Böll e seus 32 escritórios reconhecem esse cenário e têm a política de gênero e as análises e estratégias feministas como centrais em suas ações. Apresentamos abaixo alguns exemplos recentes do nosso trabalho e de parceiros que buscam contribuir pela garantia de direitos das mulheres.
Direitos Sexuais e Reprodutivos
O Gunda Werner Institut da Fundação Heinrich Böll publicou o estudo "Direitos Sexuais e Reprodutivos" de Christa Wichterich, alemã socióloga e jornalista. Este ensaio, traduzido para o português, fornece informações analíticas debates controversos, politiza questões e oferece insights para que os leitores possam explorar os temas do ponto de vista político. O livro pode ser baixado aqui na íntegra.
Reflexões e práticas de transformação feminista
Publicação da SOF que faz parte da Coleção Cadernos Sempreviva dando destaque às práticas feministas diárias ao redor do mundo e ao papel da mulher na economia. O livro pode ser baixado aqui na íntegra.
Primavera pelo direito ao corpo e à vida das mulheres
O vídeo, lançado pela SOF, apresenta declarações de militantes feministas brasileiras, uruguaias e argentinas sobre a influência que o patriarcado e o conservadorismo têm nas sociedades e na vida das mulheres.
A publicação produzida pela Fase é o resultado do trabalho de moradoras dos Complexos de Favelas do Caju e de Manguinhos, de educadoras populares, militantes e pesquisadoras de organizações acadêmicas e de defesa dos direitos humanos que se reuniram ao longo de 2014 para debater, analisar e buscar meios para combater a violência institucional cometida contra as mulheres em áreas de atuação da UPP. O livro pode ser baixado aqui na íntegra.
Dossiê Beijing + 20Em 1995, feministas, representantes de ONGs, líderes políticos e governos se reuniram em Beijing, na China, para participar da IV Conferência Mundial sobre as Mulheres, aquela que seria a maior e mais importante conferência da ONU sobre o tema. De lá para cá muitos direitos foram conquistados, mas outros tantos ficaram pelo caminho. As mulheres brasileiras continuam ganhando menos que os homens para exercerem a mesma atividade e as mais penalizadas são as mulheres negras, cujo salários são ainda menores. Acesse aqui o dossiê Beijing +20 com vídeos, artigos e entrevistas sobre o tema.
Vídeo: Beijing20 - Desafios e conquistas das mulheres no Brasil
Ana Gualberto (Koinonia Presença Ecumênica), Graciela Rodriguez (Instituto Equit - Gênero, Economia, Cidadania Global), Miriam Nobre (SOF) e Beatriz Galli (Ipas) refletem sobre os avanços na luta pelos direitos das mulheres no
Superando violações: Autocuidado e cuidado entre mulheres ativistas
Vídeo da Cfemea apresenta a criação de uma rede de autocuidado para mulheres ativistas que enfrentam diversas formas de agressões durante suas lutas.